sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

perguntas cabeludas, constrangimentos e orientações

Assistindo TV:
-Pai, o que é isso?
-Isso o que?
-Transar.

Já é a segunda vez que ela pergunta isso. Na primeira, ela tinha 5 anos, e foi muito mais fácil responder. Eu disse: "É um nome feio para namorar", e pronto. Obtive um satisfatório "ah...".

Agora, 5 anos depois, a coisa complicou. Usei a mesma resposta, e acho que não colou... Deu pra perceber no olhar dela que estava entrando em um assunto diferente, que também estava constrangida. E pensando melhor, ela sabia que estava entrando em um assunto “sério”.

É que não deu tempo de pensar em outra coisa, e pra falar a verdade, nem tinha me preparado para respondê-la um dia. Sabia que poderia ouvi-la, mas nem pensei em quando.

Agora aconteceu. Qual a idade certa pra gente conversar sobre isso? Como conversar?

Encontrei um artigo bem interessante sobre o assunto, Sexualidade Infantil, da Dra. Fernanda Roche, uma psicóloga. E depois de ler a matéria (e dessa minha resposta sem graça), a conclusão que cheguei é uma só: seja natural.

Dependendo da impressão ou atitude que nós, pais passarmos, o sexo vai ser bonito ou feio, certo ou errado. Sexo é natural na vida da gente, e não pode ser feio ou errado algo que faz parte das nossas vidas tão intensamente.

E melhor seu filho saber de você como as coisas funcionam, do que sair perguntando pra quem aparecer primeiro na frente.

;-)

Um comentário:

Coelho disse...

É sempre um surpresa essas perguntas. Se ficamos constrangidos com adultos nos fazendo imagine com crianças, e essa criança sendo seu filho. É amigo, não é privilégio seu. Ainda não estou preparado para isso, acho que ninguém tá.

Pai Grávido.